O manicómio em que se tornou este mundo ocidental em que vivo anda à deriva e, em muitas situações, os malucos já tomaram conta dele. E não há volta a dar. Eu pensava que a maioria dos homens que o habitam eram normais, racionais, conscientes do certo e do errado, com respeito pela história, pelo bem comum e pelos outros, pela sua liberdade e criatividade, vivendo em democracia, sem censura nem fingimentos. Mas aquilo que me parecia “normal” virou-se do avesso neste ocidente dominado pelo “politicamente correto” e por minorias que gritam mais alto que ninguém, com o absurdo no topo da agenda. Derrubaram-se monumentos, retiraram-se estátuas dos lugares onde estavam expostas por honrarem a memória de esclavagistas de eras passadas ou de descobridores de novos mundos, agora passados de “descobridores e heróis” a “colonialistas, racistas e bandidos”, como se faça algum sentido julgar atos de há mais de 500 anos com o olhar de hoje. Colocaram placas em museus a pedir perdão pela brancura das esculturas para não se entender por promoção da superioridade do povo europeu. Até uma exposição de Darwin, em Londres, teve de ser revista por algumas peças poderem ser tidas por ofensivas.
Por cá também chegou a imbecilidade com o que fizeram à estátua do Padre António Vieira e com os brasões do Jardim do Império em Lisboa, onde ainda querem mudar o nome para apagar a história. O que é isto e quem é esta gente? De que complexo sofrem os governantes que se submetem servilmente à vontade destas minorias tão (a)berrantes? Vamos agora demolir as pirâmides porque foram feitas com recurso a trabalho escravo?! Vamos derrubar todas as efígies de reis porque somos uma república?! Vamos riscar dos livros de História os nomes dos homens porque durante séculos consideraram que as mulheres eram propriedade sua, igualzinhas a uma colher de pau?! E serviria isso para impedir discriminações ou abusos futuros? Na mais recente vaga de estupidez, passaram a censurar as obras de Enid Blyton, como as aventuras dos Cinco, banidas das bibliotecas, e reescreveram livros de Agatha Christie, a rainha do crime, porque as descrições feitas então pelas escritoras, escritos com 100 anos ou mais, podem ofender os leitores de hoje. É a violação de legados que temos obrigação de preservar e que não se podem destruir. Novas edições surgiram, já revistas e reeditadas, com nomes, personagens e enredos adulterados para convertê-las em obras já “politicamente corretas”. Além da estupidez evidente, as tentativas de reescrever a História e todas as histórias, de apagar o passado para não ofender as novas gerações são ridículas e perigosas e nunca se sabe onde vão acabar. Quem ainda acredita que há bonomia nesta inenarrável escalada de imbecilidade, talvez devesse começar já a ponderar o que fazer a obras como Lolita (uma ode à pedofilia, supõe-se) ou o nosso Os Maias (um tratado ao incesto, adivinha-se) e até os Lusíadas, talvez tido por racista e uma ode à supremacia dos portugueses brancos. A que título na história Peter Pan, um personagem criado pelo escocês J. M. Barrie e que deu origem a um livro para crianças publicado em 1911, se mudaram os protagonistas que fizeram parte do original do livro e dos filmes, sendo quase todos substituídos por “não brancos”. O único branco que “sobreviveu” na história é o … “Capitão Gancho”, talvez por ser o “mau da fita”. O mesmo se passa em outras histórias infantis, fazendo com que esse monstro da indústria cinematográfica que é a Disney se tenha vergado aos protestos de algumas minorias em nome da tal “inclusão” e “não discriminação”. Em vez de se fazer a promoção das histórias que cada raça ou povo tem, reescrevem-se as que tiveram sucesso apesar da “brancura” dos protagonistas e faz-se “integração”, adulterando aquilo que o autor criou e que não pode deixar de ser uma obra sua, que não pode nem deve ser alterada. É impossível apagar aquilo que foi. E ainda bem. É conhecendo o passado que se pode criar um futuro melhor, não lhe subtraindo, amolgando e formatando aquilo que já passou à imagem da sociedade atual. Não é queimando livros e arrasando a memória que se evolui, (foi Hitler que o fez para apagar da história tudo o que fosse contrário à sua ideologia totalitária. Agora estão a querer fazer o mesmo) mas conservando-a para que todos conheçam os avanços e recuos que houve ao longo da história para chegar até aqui e qual foi o preço do que hoje se dá por adquirido e perceber quantas “montanhas” houve que transpor. Numa escola de raparigas, em Inglaterra, a professora chegou à sala de aulas e disse: “Bom dia, meninas”. No final da aula um grupo de alunas protestou contra a professora por ter dito “bom dia, meninas” já que algumas delas não se “sentiam” do género feminino. E, veja-se, o protesto foi levado tão a sério, que a direção da escola, “feminina”, chamou a professora e exigiu que esta apresentasse um pedido de desculpas às “não meninas”! E ela teve de o fazer, apesar de estar a lecionar numa “escola de meninas”. Esta gente não está maluca? Ou será que os malucos já tomaram conta do “manicómio” e a maioria continua silenciosa, a dormir na forma? Stephanie Matto, ex-participante de um reality show americano, teve de parar o seu negócio inovador de venda de “peidos engarrafados” a 1.000 dólares o frasco por causa da dieta com ovos, feijões e proteína que fazia para produzir mais gases e que lhe causou complicações intestinais. A “Influencer digital” iniciou as vendas a pedido dos seus seguidores, que também lhe pediram para vender os seus sutiãs, as calcinhas, cabelo e até água usada no banho. Cada frasco, além dos gases, continha pedaços de fezes em forma de chouriço. Conseguira vender algumas centenas de milhares de dólares quando teve de parar por indicação médica, com muita pena dos clientes. Com o corpo todo tatuado, o francês Anthony Loffredo é conhecido pelo “Projeto Alien Negro”. Tem muitos piercings e até já fez várias modificações corporais e cirurgias para conseguir a aparência do ET desejada. Removeu o nariz, orelhas e parte dos lábios. Até cortou 2 dedos da mão esquerda para se aproximar do modelo de “Alien” com que quer ser com a colaboração de médicos de deontologia duvidosa, mas ainda não está satisfeito com a sua imagem de um extraterrestre. Há cada uma!!! Um deputado da Assembleia Legislativa do Brasil relatou o seguinte em plena reunião: “Aconteceu um assalto em S. Paulo. Um motorista da Uber apanhou três clientes e, no meio do caminho, os três homens, que eram os assaltantes, tentaram matar o motorista. No entanto, como ele era um antigo policial, mesmo pondo a vida em risco, reagiu e acabou por matar os três assaltantes”. A deputada Maria do Rosário, do Rio Grande do Sul, que não estava na reunião, quando soube do que aconteceu, reagiu com um comentário absurdo, que nos remete para as “tonterias” do nosso tempo e que merece ser divulgado para se ver qual o grau de loucura de alguém que está no poder e não sabe distinguir o certo do errado, ao dizer o seguinte: “Era bom que a sociedade parasse para pensar pois hoje temos três famílias a chorar por causa de um opressor. É que, no caso de ele (o motorista) não ter reagido, apenas uma família estaria a chorar. E assim, o prejuízo para a sociedade seria bem menor”. Começo a pensar que o Hospital “Conde Ferreira” faz muita falta …