Numa cidade do interior da Alemanha, o motorista de um autocarro parou a meio do percurso, levantou-se e, dirigindo-se a uma jovem de vinte anos que viajava nos lugares da frente, exigiu que trocasse de lugar ou saísse do veículo. Porquê? Pela simples razão de que o decote dela “ocupava” quase todo o retrovisor, deixando bem à mostra boa parte dos seios e colocando em risco a segurança do autocarro e passageiros. É que, o condutor em vez de ter os olhos na estrada só tinha olhos no retrovisor… Chocada, a visada foi apresentar uma reclamação na transportadora mas esta apoiou a decisão do condutor pois, segundo os regulamentos da empresa de transportes, em nenhuma circunstância os motoristas podem ser “distraídos” durante o exercício da função. Para um correspondente da BBC, o comportamento do motorista reforça a reputação dos profissionais alemães, considerados bem treinados, altamente disciplinados e preocupados com a segurança. Pois é, o homem já não estava seguro de si, de resistir à tentação de pôr “um olho na estrada e outro no decote”, se é que já lá não tinha os dois…
O decote pode ser uma arma poderosíssima para a mulher, sendo capaz de lhe conferir charme, encanto, presença, sedução e… poder, o poder de subjugar os olhos, os pensamentos, os desejos, os sonhos e sentimentos dos homens se usado convenientemente. E há para aí muita mulher que o sabe usar com “conta, peso e medida”. Pela sua importância para a mulher (se bem que é também “muito importante” para o homem, mas por outras razões), é objeto de estudos e investigações, existindo inúmeros especialistas na matéria para aconselharem quais os indicados em função do corpo e da ocasião. E tem de ser porque existem decotes em V, traçados, em V aberto, em V profundo (estes são sem dúvida os mais ousados e, por via disso, os mais perigosos, pois descem até um pouco antes do umbigo, havendo mesmo os que passam alguns centímetros abaixo desse “pequeno furo do corpo humano” se bem que, por todas as razões de segurança, nunca devem permitir que se “vislumbrem as Cataratas do Niagara”…), em gota, quadrados, redondos, à barco, em coração, cai cai, princesa, assimétricos, em coração, um sem fim de modelos. Daí a importância da escolha certa para poder exalar o poder persuasivo e insinuante que só um corpo feminino pode fazer.
Sobre este tema acho muito interessante um artigo de autor desconhecido, de que me permito transcrever algumas passagens: “O decote de uma mulher tem algo de mágico, de intensa feminilidade e fulgurante beleza. Não importa o tamanho ou formato dos seios, decotes simples enfeitiçam. Os decotes são instigantes, prometem, escondem, tentam e simplesmente fisgam os homens como se fossem moscas no mel mas que, na realidade, são cartões de visita, os verdadeiros cartões de visita da beleza de uma mulher. O decote produz curiosidade e mistérios. Deixa na cabeça do homem uma adorável dúvida sobre o que vai encontrar com o que puder ser mostrado. E então, começa a imaginar. E é aí que está a graça…
…O decote tem um quê diferente, uma coisa que se destaca, que atrai e desperta paixões. E como são misteriosos! Independentemente do tamanho ou do formato, como existe mistério nos decotes! E conversando com amigos sobre decotes, procuramos classifica-los segundo a nossa visão masculina… Existem os decotes inocentes, os puros, os estonteantes, os embriagadores, os atrevidos, os vulcânicos, os pagadores de promessas, os enganadores, os magníficos, os deslumbrantes, além dos que são extremamente apropriados para se esconder chaves e bilhetinhos com números de telefone… A verdade é que, vamos confessar, acidentalmente ou não, decotes fazem bem à saúde dos homens”…
Há alguns dias um amigo bastante mais novo do que eu, confessava-me que se sente cada vez mais constrangido ao conversar com algumas mulheres, por não conseguir olhá-las nos olhos enquanto se falam. É que os seus olhos, por poderes que não consegue controlar, desviam-se e vão fixar-se no decote sempre que é apelativo e tem “magia”… E só sai do “transe” quando ela faz um gesto de quem tenta tapar o peito. Como eu o compreendo…
É verdade que, regra geral, os decotes não são inocentes e visam sempre fazer com que a mulher se sinta mais bonita, mais satisfeita com o seu corpo e o seu visual. E não são apenas uma maneira de seduzir, de sensualizar, mas também de impor presença, gerar confiança, chamar a atenção dos homens e a inveja das mulheres, marcar território, enfim, uma infinidade de propósitos e às vezes até sem propósito nenhum. O decote, para além de revelar o estado de alma e a personalidade da mulher, pode “revelar dois mundos” iguais, “empertigados” na juventude, mais “caídos” com a idade (se bem que não faltam técnicas para os “erguer” de novo), umas vezes separados por extenso “vale” outras “esmagados” um contra o outro como se lutassem por espaço para sobreviver, revelando mais promessas do que as de “político em campanha eleitoral”. Os “tais especialistas” dizem que quando o decote desce a saia deve-o acompanhar, descendo. No entanto, há mulheres que em simultâneo fazem baixar o decote e subir a saia, um caminho que só vai terminar quando os dois se encontrarem. E então, nada mais haverá para “revelar”…
Está provado que o decote “provoca” e, por isso mesmo, provoca inúmeros “acidentes” ao “ofuscar” os olhares masculinos com o seu “brilho”, acidentalmente ou (quase sempre) não. E estou a lembrar-me de uma jovem verbalizar o seu interesse num rapaz tímido: “Vou fazer tudo para este nabo cair”. E fez, usando o decote como “argumento” de peso… Está claro que ele teve um “acidente fatal”… Como resultado de “estudos profundos” que tive sobre esta matéria e para que nenhum homem seja “apanhado” com os “holofotes focados num decote e em bloqueio total”, feito criança de olhos arregalados no brinquedo desejado, só me resta deixar um conselho amigo para os salvar desse embaraço: USEM SEMPRE ÓCULOS ESCUROS…